Nickary Felipe dos Santos, 32, é autônoma, estudante de serviço social e trabalha na noite como garota de programa. Declara orgulhosa e enfatiza o ‘ser travesti’, negra, moradora de periferia e, segundo ela, resistente. “Ser mulher Trans para mim traz muito orgulho, sempre gosto de usar o termo travesti pelo forte significado que ele agrega, é sinônimo de resistência, luta, conquista, esperança e humanidade”. “Eu posso lhe dizer que eu sofro de transfobia todos os dias. A sociedade também precisa entender que mulher trans e travesti são pessoas com direito de ir e vir, de conquistar, de alcançar, de amar, de existir e de viver, a sociedade é muito covarde. Ainda espero ver mudanças na sociedade. “Eu queria que muita coisa mudasse. Meu primeiro desejo é sobre a lei, ter leis mais rígidas para atos de preconceito contra transgêneros e negros. Acho que a sociedade precisa se humanizar mais e entender o tratamento com pessoas transexuais. “O meu maior desejo é que a sociedade entenda que tudo o que mais queremos é o direito de viver”.